Para Neísa Fernandes, porque o novo amor chegou.
Outro dia viajei com uma amiga e no caminho conversamos sobre os homens das nossas vidas. Ela falava dos dela, eu falava dos meus. Ela teve bem mais. Já foi casada e está mais de dez anos na minha frente em experiências, mas, como eu, já tem bem resolvido que amor não enche barriga e ódio não faz empachar.
Ultimamente tenho falado muito em amor. Mais do que refletido. Estou precisando que o amor desgaste para começar de novo então, preciso falar dele até que. Ando sempre ou quase sempre apaixonada. Foi assim desde sempre e continuará sendo sempre, porque eu não vou mais mudar e já começo a achar bom toda essa coisa sem jeito que trago em meio peito, a diferença é que agora eu tenho me adaptado a isso e reagido melhor.
Hoje, estava no meio de uma reunião quando uma amiga me mandou uma mensagem dizendo que precisava confessar uma coisa – está se apaixonando pelo o Moço com quem vem se envolvendo a pouco mais de dois meses e estava meio que sem querer se apaixonar porque ele é diferente do que ela diz ter idealizado para a vida.
Cai na gargalhada. Primeiro, porque não consigo idealizar o “homem da minha vida” e volto pra conversa da estrada, com minha outra amiga, onde conclui que o máximo que consigo é idealizar o homem pra fase do momento em que estou, se mais pra poesia marginal ou pro amor eterno. Segundo, porque não consigo mais falar sério sobre amor porque o amor não deve ser uma coisa séria.
Ela, logo, com toda razão que lhe cabe, me chamou de egoísta. A carapuça me serve. Eu sou. Acho que o amor deve ser leve e sem muita troca. Quando a gente ama, simplesmente ama e não tem muito o que explicar, não. O normal é se sentir retribuído só em fazer o outro sentir-se bem, feliz. Quando o amor acontece na minha vida, eu não consigo pensar muito. Só viver. Principalmente quando é correspondido, como é o caso dela.
Quando não é ou quando a gente não sabe direito o que é, rola umas tormentas, claro, e estar atormentado por amor é bom. Borboletas no estômago e tals. Depois, a gente toma um porre, ri da própria cara, se acha idiota, pensa que vai morrer, mas esquece, sempre aparece um outro amor pra nos devolver as expectativas que nem sempre são as que a gente espera pra vida, mas acaba nos fazendo feliz. E a felicidade, pode estar nos lugares mais sombrios, se a gente acender as luzes.
Não consigo ver problemas em se apaixonar. Vejo problemas em quem não se apaixona. Amar e permitir-se ser amado é uma maravilha. Não é vergonha pra ninguém. Sinal de que se está vivo. Revigorado. Curado de outros amores. Triste de quem não se rende. De quem não conhece a sensação de esperar alguém retornar uma ligação, tocar a campainha, oferecer uma música no rádio, escrever uma DM, cutucar no facebook, ligar na madrugada.
Estou apaixonada. Ao contrário do amor da minha amiga, não é correspondido.
Mas é a minha razão de acordar e viver - todos os dias.
10 comentários:
Escreva, Larissa, escreva. Assim a gente se apaixona. Mais.
Eu fiquei sem palavras qdo li esse seu testemunho sobre o amor e me deu vontade de te abraçar e dizer: Muito obrigada! Amor é pra ser tratado assim mesmo, nada a ver esse papo de ficar com o pé atrás pq o moço não é bem o que a moça gostaria que ele fosse. Que se dane tudo, para se viver um amor vc não pode medir nada. Lindo, Lari. Já te disse hoje que vc é o máximo?
O amor é foda. Tenho (bem) dito.
Alex Medeiros
Lari, acho que você colocou uma palavrinha importante, que combina com a palavra amar... Permitir-se. E por isso, no final das contas, para ser amor, tem que ter entrega.
Agora, hora de concordar com esse rapazinho argentino aí de cima.. rs.. O amor é foda [2].
Lidiane
Onde é que a gente manda matar o IDIOTA???
Concordo com Alex Medeiros - O amor é foda. Mas, você é mais.
Marcelo.
O amor é e vcs também. Ahhhhhhhhhhhh povo inteligente!
Gente: e tudo que eu sempre quis na minha vida foi você apaixonada por mim. Musa. Do sorriso ao coração.
Cadú
Só se fala nesse texto. Na rua, no café e na Feira do Livro. Parabéns, querida! O amor é mesmo para ser amado.
Angela Gurgel
Também estou (a palavra com "a") e também não sou (correspondido, essa eu posso falar).
Mas uma coisa eu aprendi na vida: a omissão é o pior dos erros.
Abraço.
regthorpe.blogspot.com
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