Ninguém merece nada pela metade e
não é porque você foi enganado que não acreditará de novo no amor.
Mas a gente tranca de correntes e
cadeados as portas do coração. E a razão toma de defesa absoluta as emoções e
nos protege de qualquer deslize que a gente costume dar ou de qualquer “te ligo
amanhã” que a gente costume esperar – e não receber.
Não existem regras. E eu acho
cada dia muito mais óbvio gostar de alguém. Muito mais simples. Muito mais
claro. Você conhece uma pessoa, tem afinidades com ela, gosta de estar perto,
de compartilhar seu dia, sorrir, ouvir a voz, beijar na boca, arrepiar os
pelos, cair nos braços e pronto, tá feito o amor.
Na melhor das hipóteses, eterno enquanto dure. E a gente nunca sabe o que vai durar uma
noite, ou uma vida inteira.
A propósito nunca me defendi do
amor. O amor que se defende de mim. Como
me disse um amigo uma vez, quando eu amargurava numa mesa de bar uma paixonite
daquelas mais agudas que um ângulo de 30° “nenhum homem está preparado para uma
mulher tão forte”. E é verdade. Todos os homens que entram na minha vida se
assustam, e os mais corajosos que aparecem, eu caso com eles.
Eu amo sem preguiça. Eu amo
inteiramente entregue e desnudada de qualquer pudor, medo ou trauma de sofrer
que outro amor tenha deixado. Não sei controlar, não sei dosar, não sei me
defender. Quanto mais dúvidas o relacionamento tem, mas no amor eu acredito.
E assim, me alimento. Sou feliz.
Nem sei se é certo ou errado, mas é verdadeiro, intenso.
Um comentário:
Nesses casos, não creio que exista certo ou errado. Cada situação é única.
As reações variam de pessoa pra pessoa, dependendo de seu repetório emocional, de seus mecanismos de auto-defesa.
Você é otimista e curte aproveitar os momentos bons, sem se preocupar com os ruins que podem - ou não - vir a acontecer.
Algo assim...
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