sexta-feira, 27 de julho de 2012

Sobre as voltas que o mundo dá....


Nem sei... Ou talvez até saiba que o mundo dá mesmo todas essas voltas que contam por aí e que vai e volta - tanto - que sempre está no mesmo lugar. Mas estamos vivos ainda que mortos e é isso que importa pra quando o sol nascer, amanhã começar. 


O amor e as formas que ele adquire. Tem que horas que comparo as nuvens no céu mudando de forma o tempo todo de acordo com a temperatura do ar, parece que o amor muda de acordo com a temperatura dos corpos. Esfria, amorna, esquenta, congela...vai lá, requenta no microondas solar. Cumulus, Cumulonimbus, Stratus - bem-me-quer, mal-me-quer. 


Olho para o nome dele na minha agenda. O número velho, o número novo, o número novo, o número velho.  Ele não me atenderia, mas eu não também não ia ligar. Vontade de passear no seu silêncio. Era o refúgio que eu tinha para descobrir que o mundo dá voltas, eu sei. Em dias assim ele poderia girar mais rápido. Ao nosso tempo. Ao tempo eterno que dura o amor. Seu corpo dentro das minhas pernas enquanto tudo gira. Enquanto giramos na cama. Quase um piscar de olhos. Um pião. Uma roda gigante. Um disco. Um orgasmo. 


Eu acho que a gente já nasce assim, eu já nasci assim, porq'eu desde que me lembro de mim é com essa vontade agoniada de ser. 


O mundo dando voltas...girando, girando, girando...já estou tonta, e você não volta para o nosso lugar.