quinta-feira, 12 de maio de 2011

Se é amor, não há ressalva.

Acordei com isso na cabeça assim que dei dos pés. Hoje. Uma quinta-feira que acordou também com cara de Ney Matogrosso em O Vira. Acordou para me mostrar que. Acordou para me mostrar mais uma vez que tudo é mesmo espuma, que tudo se evapora mesmo, que tudo não merece preocupação e que ninguém carece ocupação.

No mais, não pode se fazer ressalvas ao amor. Nem observações, nem objeções. Ao amor só parágrafo e reticências. Nunca parênteses, nem ponto final.

E a gente fica quebrando opiniões formadas a cada novo amor.

As absolutas verdades e certezas vão se quebrando a cada nova experiência, a cada novo desejo, a cada novo dia, a cada novo beijo. Como o dia anterior que não será mais como o primeiro. Musical é quando isso acontece com quem compartilha o mesmo amor há dez, quinze, vinte anos...

E quanto as ressalvas? A gente sempre faz, né?! A insegurança nunca passa em branco, mesmo que o amor não aceite e a gente exercite a aceitação como nunca.

Não tenho opiniões formadas sobre o amor. Eu amo e deixo as opiniões pra formar depois. Sem ressalvas.

domingo, 8 de maio de 2011

Dona Teresa, esta é pra você!

Eu nunca escrevi nada do Dias das Mães por dois motivos simples – primeiro, comemoro minha Mãe todos os dias; segundo, não tenho filhos (ainda) para ser comemorada. Outra coisa também é que não dou muito valor pressas datas comerciais, mas este eu nem devo rasgar assim porque pode pegar mal pra publicitária aqui.

Aí agora, quando comecei a escrever, conclui que nunca tinha escrito algo sobre minha Mãe, assim, no dia das Mães, por pura incompetência em adjetivá-la mesmo. Por simplesmente não saber dizer. Por não conseguir mensurar em palavras o tudo que ela é e me faz.

E, se começar a escrever aqui que a amo, que ela é maravilhosa e ousar até triscar um “a melhor Mãe do mundo” a coisa vai ficar tão clichê que é melhor nem passar vergonha.

Minha Mãe sempre foi tudo para mim. Minha melhor amiga, minha maior confidente, minha Irmã, meu Pai. Meu conto, meu canto. O mesmo amor. Eu por ela e ela por mim, desde sempre. A sensação de sermos uma só desde o dia em que ficamos sós.

O jeito de dormimos agarradinhas uma na outra, de brincarmos, de cantarmos, de sonharmos, como sonhamos até hoje pelas coisas grandes e banais. De acreditar. De nos sentirmos o tempo todo. De sabermos que a nossa ligação é mais forte do que qualquer sentimento de amor normal que possa existir entre pais e filho.

Pela amizade. Pela a confiança e pela maior coisa que podemos nos dar até hoje, a cumplicidade. Por sempre me permitir falar abertamente com você sobre tudo. E, pelo o "você"não ser nem de longe desrespeito mas puro entendimento pela nossa jovialidade.

Por me dá lições que dinheiro nenhum no mundo pode comprar. Pela hombridade, a dignidade, a honestidade. Por me ensinar que sangrar é necessário como ser triste às vezes também é.

Por me dizer de um jeito lindo que as pessoas vão me decepcionar e nem por isso eu devo me afastar delas, nem muito menos viver para descontar.

Por me ensinar a enfrentar a vida, a me impor diante dos outros, a aceitar as dores. Por ter me feito sorrir e chorar milhões de vezes.

Por olhar pra mim, no meio da casa, sem falar nada e me dizer coisas que ninguém nunca disse e eu corresponder com toda intensidade do meu coração por saber que nada nunca será usado contra mim e que não vai mudar, nem sumir, nem me deixar pra lá de qualquer jeito, a qualquer hora.

Por ter me dado minhas irmãs. E até por ter me ensinado que o amor também pode ser compartilhado com outras pessoas, e essa lição doeu um pouco mais aprender.

Pela educação. Pelas raízes. Pela Música. Pelas palavras, Mãe, pelas palavras! Pela televisão desligada, pelo os livros vencidos. Por tudo que uma Mãe dá um filho, você me dá por Pai e Mãe.

E eu nunca pensei que um dia fosse lhe agradecer de todo coração pelos limites, pelos castigos, pelas palmadas, pelos os ‘nãos’.

E, me desculpa, por qualquer coisa que eu tenha feito, que tenha dito ou que tenha...enfim, que tenha te magoado, te feito sentir vergonha.

Eu não sei mais o que dizer, e nem se tem tanto a dizer quando a gratidão e o orgulho de se pertencer são maiores do que qualquer coisa que possa surgir. Mas hoje, especialmente, eu quero que o mundo saiba que um dia feliz é sempre pouco.

Vida longa, Mãe! Vida longa!

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Era um amor de misericórdias, sem perdão.