quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Me encontrei no Google

Hoje, no meio do expediente, eu precisei de uma foto minha para encaminhar prum babado aê com a urgência de uma emergência. Daí, distante de todos os meus arquivos, books e ensaios para Nova, Cláudia, Capricho e etc fui me pesquisar no google.

Primeira grande surpresa - http://migre.me/3O9fU - de uma entrevista que dei para um portal em 2009, onde de lá pra cá meio mundo de coisas mudaram no mundo, aqui, ali, em mim. Enfim, um registro bobo daqui, outro dali e tals. Mas, o que eu quero dividir com vocês e que achei bacana ter achado [porque não tinha estas respostas guardadas e sempre fico de passar no arquivo do jornal pra pegar um impresso e tals e nunca passo] é uma entrevista que sempre é publicada aos domingos no Jornal Gazeta do Oeste coordenada pela colunista social Rafaella Costa e que eu tive o prazer de responder em junho de 2009. Ganhei o dia relendo minhas respostas e percebendo que pelo menos, em essência, eu não mudei muito. Vou reproduzi-la na íntegra. Espero que vocês curtam.

ELA É A TAL...

NOME COMPLETO:
Larissa Gabrielle Souza Araújo

FORMAÇÃO:
Sou graduada em Marketing e curso Pós Graduação em Gestão da
Comunicação Empresarial.

BREVE DESCRIÇÃO:
Sou alguém que se experimenta inacabada. De fácil riso,
de fácil choro. Que tem insônia, que torce pelo Botafogo, que cantarola sambas o dia
inteiro, que é muito saudosista, que faz mil coisas ao mesmo tempo, que tem uma
valentia em ser o que sonha guiada pelo o atrevimento de sonhar cada vez mais. Alguém
que até agora não conseguiu muita coisa além de extrapolar sentimentos. Que só
sabe amar inteiramente entregue. Sem muito apego, sem muito limite. Que num dia é
multidão, no outro solidão. Não tenho retoques. Tudo que faço, faço demais! Quero
viver só de samba, cinema e literatura quando me aposentar e for embora para uma ilha
deserta...virar pescadora, claro!

A efemeridade da vida me faz:
Ser íntegra nas coisas de espírito até as últimas
consequências.

Boa idéia sempre:
Viajar. Adoro conhecer novas pessoas, novos lugares, novas
culturas. Viajar me proporciona uma sensação diferente de liberdade.

Cada uma sabe a dor e a delícia de ser o que é:
A partir do reflexo das nossas ações.
Lembro que uma vez na Feira do Livro uma criança chegou pra mim e disse: “quando
eu crescer quero ser igual a você” e eu respondi pra ela: “queira ser melhor”. Nós,
adultos, somos espelho para as crianças. Somos completamente responsáveis por tudo
que de bom e de ruim que acontece na nossa vida. Descubra quem você é. Seja sem
máscaras. Às vezes dói. Ás vezes é doce.

Divido meus méritos com:
T
odas as pessoas que me ajudam a conquistá-los.

Espero que o tempo passe, espero que a semana acabe, mas eu quero sempre:
Reencontrar as pessoas que eu amo e não perder nunca o espírito infante que existe
dentro de mim.

Fecho os olhos para não ver, já que não posso resolver:
A falta de limite e orientação
imposta pelos pais aos adolescentes nos dias de hoje. Fecho os olhos quando vejo
meninos e meninas com menos de 15 anos vivendo como adultos, se vestindo como
adultos, se comportando como adultos e gritando com os adultos cheios de autonomia e
autoridade.

Gosto muito e assumo:
De trabalhar. A Comunicação me proporciona os melhores
momentos da minha vida, dos mais emocionantes, aos mais engraçados. Foi trabalhando
que fiz grandes amizades, e é trabalhando que aprendo grandes lições.

Hoje não consigo me imaginar sem:
Saúde. Quando vejo pessoas terem que
interromper a carreira, os sonhos, as perspectivas com problemas de saúde, imagino o
quanto é difícil viver sem essa dádiva.

Injustiça:
A mim, marca muito a citação de Richard Bach em ‘Ilusões’ que diz: ‘A
maca de sua ignorância é a profundidade da sua crença na injustiça e na tragédia. O que
a lagarta chama de fim do mundo, o mestre chama de borboleta. ’

Julgo que o maior desafio da minha profissão é:
Inovar. As coisas no Marketing
mudam muito rápido. Então, hoje, não podemos analisar a profissão como um
instrumento da comunicação ou da administração com o objetivo de despertar desejos,
interesses e necessidades dos clientes, mas sim tê-lo como uma ferramenta para superar
expectativas fazendo o cliente amar sua marca (produto/serviço/pessoa) e sentir que ela
é parte importante na vida dele.

Leio e indico:
Os romances de Fabrício Carpinejar. Eu tenho esse negócio de conhecer
os textos de um determinado autor (a) e querer conhecer todo histórico bibliográfico.
Foi assim com Pablo Neruda, com o Caio Fernando de Abreu, foi assim com tantos
outros, e atualmente tem sido assim com o Carpinejar. Termino um livro e começo
outro. É como uma paixão. Quero intensamente. Depois passa. Às vezes volta.

Meu maior medo:
Não tenho muitos medos. Sou daquelas pessoas que vai aos lugares
que as assustam para romper. Mas, uma coisa que temo um pouco é a forma como
algumas pessoas podem prejudicar a vida das outras. Como tomam posse das palavras
para usá-las de forma negativa e prejudicial. Às vezes tenho medo do comportamento
dos outros.

Não abro mão:
Das essências. Cultivo as coisas. Os e-mails não me fazem abandonar
as cartas, o MP4 não me faz abandonar os vinis, a impessoalidade do celular não me faz
abandonar as pessoas.

Os ideais que iluminam o meu caminho:
Tenho muita fé. Acredito nas coisas antes
que aconteçam. Sou uma otimista e sonhadora incorrigível. Então, a Fé aliada ao
Respeito, Dignidade, Gratidão e Integridade são os ideais que iluminam meu caminho.

Princípio de sabedoria:
Viver para sorver os novos rios que virão. Quando algo que
supúnhamos grande acaba, e não há nada a ser feito a não ser continuar vivendo, eu
continuo, eu começo. É o que eu recomendo a todos.

Quando estou sozinho, aproveito pra:
Curtir a solidão. Eu gosto de ouvir o som que
o silêncio faz. Converso sozinha, escrevo, arrumo algumas coisas. Engraçado, mas não
me sinto muito só, mesmo não tendo alguém perto fisicamente.

Religião, política e preferência sexual, se discutem quando:
Se tem noção de limite,
espaço e respeito pelo próximo. Qualquer assunto só deve ser discutido para agregar
opiniões e não gerar conflitos.

Se ganhasse o prêmio da mega-sena acumulada:
Vixiiiiii...mudaria a vida de muita
gente. Colocaria muita coisa no lugar.

Tiro onda pra não me tirar:
O humor. Procuro estar sempre bem – humorada para
transmitir alegria e energia boa para as pessoas. Acho fundamental o bom humor. E
quando aparece algo para tirá-lo de mim, eu tiro onda.

Um motivo de orgulho:
Ter uma família honesta. Todos dignos de confiança. Que
conquistaram o pouco que têm com muito compromisso e trabalho. Tenho muito
orgulho da minha família, da educação e da formação que aprendo com eles. De poder
entrar e sair de qualquer lugar nesse mundo de cabeça erguida.

Voltaria no tempo pra saber:
Como tudo isso começou...

X do preconceito:
A cegueira emocional que ele nos causa. Os momentos maravilhosos
que eles nos impedem de viver, as pessoas fantásticas que ele nos limita a conhecer.

Zueira pra cair na gandaia:
Sair com meus amigos para colocar os assuntos em dia,
relembrar os velhos tempos, fazer planos futuros e amanhecer o dia rindo dos nossos
momentos marcantes, marcando outros momentos.

Um comentário:

Fabrício Pedro disse...

Você é linda, engraçada e escreve tão bem. Ha se eu fosse heterossexual.
Um beijo princesa!