terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Pro seu amor não acabar em pizza

Daí que outro dia começou uma discussão na mesa de bar. Tinha uma colega bastante angustiada porque ainda não tinha "feito amor" com o cara com quem estava saindo há um mês. Sinceramente, acho pouco tempo dependendo da intensidade do “saindo” [não devo ser tomada como base nesse aspecto porque sou careta, romântica e tals], mas a primeira pergunta que eu fiz: Como é esse sair? Para onde vocês saem? A resposta? – ah, a gente vai pro cinema, vai comer pizza, esses lugares... Ah, então vocês estão se conhecendo? – perguntei. Nada, já faz mais de 6 meses que a gente se conhece e fica nessa paquera, um mês que eu conto é depois do primeiro beijo.

Entendi cometendo o erro de não dizer pra ela que depois do primeiro beijo o suspiro é mais fácil e essa história ia esfriar antes que a ansiedade dela se concretizasse. Ou não.

Mas vem cá, vamos combinar que pizzaria não é um lugar para quem quer 'fazer amor' depois. O clima que o cinema pode trazer, a pizzaria destrói. Por que? 3 motivos: Garçom interrompendo, famílias conversando, crianças correndo lindas, leves, soltas e gritando por todos os lados. Logo, concluímos que - eles não conversarão porque é quase impossível se criar um clima para o amor num restaurante lotado, tenso, movimentado, iluminado e barulhento.

Pois bem, nós mulheres, cometemos o grande erro de nos deixar seduzir quando, na real, deveria ser exatamente o contrário. A obrigação de manter a sedução é nossa. E a gente esquece por insegurança. Éééééééé insegurança, sim. Preferimos ficar na dúvida nos corroendo de ansiedade e saudade e o que é pior, preferimos deixar a situação nas mãos deles. Gostamos de estar nas mãos deles, mesmo podendo estar nos braços.

É simples assim. Podemos ter logo mas preferimos esperar. Esquecemos que o prazer deles é nosso. E que claro em fase incicial, um homem nunca vai olhar na nossa cara e dizer "vamos fazer amor". Se fizer certamente não será legal, porque essas coisas acontecem naturalmente e tem que deixar acontecer e blábláblá.

Rá! Finalmente cheguei onde pensei que não ia conseguir chegar: deixar acontecer. O que vale a pena ter, vale a pena esperar [descobri isso outro dia, claro que dentro dos limites do tesão, mas] no mais é ir criando situações para que os bons momentos aconteçam. Exemplo: uma noite de sábado juntos vendo um filminho em casa não cairia mal. Muito menos um almoço prolongado numa tarde de domingo. Propõe, vai. Deixa de lado essa mania de esperar só por ele. Homem também gosta de iniciativa. Agora, com calma, pra ele não sair correndo sem pegar você e sem pagar a conta.

O máximo que pode acontecer é ele dizer um não e, se ele disser não é por dois motivos: ou ele é gay ou ele não te quer. Se ele for gay, você vira a melhor amiga dele. Se ele não te quer, você apresenta sua melhor amiga pra ele e pula fora. Não é o fim do mundo. Não é o último cara interessante que você vai conhecer na vida. Mas claaaaaro que ele não vai dizer não. Isso é óbvio se ele está correspondendo a paquera e caso diga é um legítimo escroto-filho-da-puta. Muito. E se for muito escroto-filho-da-puta, não deve servir pra você, honey!

Atitude, gata! Veste a lingerie nova [sei que você não comprou pra deixar no armário] e vá à luta!

Ou então, o seu amor acabará em pizza.

Um comentário:

Gabi Damásio disse...

gostei demais!!!

já pensando como colocar em prática, mas não com quem vc imagina...

ri demais na parte da langerie...

bjo