Acordei e já é 2012. O ano tá passando ligeiro. O dia já vai terminar e eu ainda estou ressacada da virada ocorrida na última sexta-feira, ainda 2011, onde misturei muita vodka, muito uísque e muito amor. Aliás, muito amor é uma coisa que eu não me recomendo para os próximos dias. Mas minha amiga me dizia sobre outra dose e uma que “pessoas de corações levianos sabem que o amor entorna sempre a razão da vida delas” talvez ela nem falasse do meu coração, mas eu abracei a causa – ou sabe-se lá, a falta dela.
Vêm dias novos por aí, mas ano passado, retrasado, também vinha. E isso só serve para que a gente tenha coragem de começar de novo como todo dia nasce novo em cada amanhecer. É difícil não sentir esperança em um novo ano, em um novo dia. Mas difícil ainda que abandonar o passado. Os dias amanhecem e eu não consigo encontrar em mim hoje, quem eu fui ontem. E esta confusão me causa sempre a angústia porque a pessoa que eu sou hoje deve satisfações a quem ontem eu fui. A gente não muda isso de um dia para outro, digo, de um ano para o outro. A gente não muda. Apenas se renova.
O amor é o mesmo da primeira vez, o Moço foi que tomou outras formas durante o passar dos anos novos. Os amigos, o trabalho, o carro, o fogo, o corpo, a mesa farta, a casa cheia, a solidão, o vazio, as perdas, as estradas, as noites em claro, os rompimentos, o choro escondido, a vontade de sumir, a covardia de tentar, a coragem de resolver, o medo de perder, os sonhos – tudo chega em tempo, mas parece renovado.
Até porque o mundo vai acabar neste ano. E no final de tudo, próximo janeiro - mundo novo, vida nova – como canta Elis na letra de Gonzaguinha que fala de amor, claro, e ensina a deixar de lado as velhas histórias, as meras lembranças e ver se desta vez, a gente se supera e faz um final feliz.
Por enquanto e até agora, só a ilusão.
Tudo que ocorre foi no ano que vem. Foi quando ele chegar.
3 comentários:
Larinha, um excelente 2012! Que tudo se realize no ano que vai nascer. Um beijo no seu coração, muita saúde e sucesso profissional. Você é uma excelente jornalista, bom caráter e muito talentosa. Sucesso!
Larissa, seus textos sempre me fazem entrar neles, como se fosse eu mesma quem pegasse a caneta e me danasse a escrever. Sou eu, sou eu!! É assim que me sinto, quando os leio, embora não tenha o mesmo talento.
Pelo menos eu sei que não estou sozinha. Alguém, linda e sensível, pensa como eu.
Feliz ano que vem. Ele vem.
Você não existe, é mais um fake.
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