sábado, 18 de julho de 2015

Tem horas que o amor precisa ser consertado. Por mais que se cante por aí que “cristal quebrado não cola jamais”, o coração cicatriza as feridas e com o tempo, alguns erros cometidos ao longo do amor, podem ser reparados e cicatrizados para futuras emoções.

Um casal que eu conheço terminou um relacionamento de quase 10 anos. Ela está irredutível, jura que acha que não gosta mais dele. Outro dia, sai com eles para jantar e vivi uma das noites mais divertidas da minha vida. Sim, eles saem juntos para jantar. Aliás, dormem no mesmo quarto depois de tudo: ela na cama, e ele na rede, claro. Assim, como nos relacionamentos antigos, onde a gente esquece que acordar no meio da noite levando um baita chute do outro faz toda a diferença. Durante o jantar, se chamaram de “amor” e corrigiram o adjetivo, depois começaram a recordar algumas passagens do namoro no presente e policiavam dizendo “quando a gente namorava...” mas olha quanta bobagem e tempo perdido. A propósito, esqueci de contar que esse jantar foi no Dia dos Namorados. Ora, imagine sair para jantar com o ex no dia dos namorados. Só quem se ama muito é capaz de tamanha façanha. 

A separação - entre aspas -  do meus amigos, me ensinou o quanto precisamos consertar o amor. Diariamente devemos reparar aqueles trincos que as palavras malditas e as atitudes não feitas acumulam. Falar na hora, desculpar na hora, resolver na hora. Acumular faz mal. Não podemos guardar o amor trincado como guardamos o jarro que trincou enquanto tirávamos a poeira da sala. Amor é convivência, precisa diálogo. É como os jarros que precisam trocar as flores.

Essa semana, encontrei meu casal de amigos no Shopping fazendo um plano de celular para ligar de graça um para outro. Olha que coisa mais linda! Namorar no telefone faz a gente redescobrir o frio na barriga que o tempo muitas vezes faz a gente perder. Mas continuam terminados um do outro.

Terminaram e não sabem se vai ter volta. Já ri muito disso. Fazer planos do fim, é estar disposto a recomeçar. Mas eles ainda vão descobrir depois.

Nenhum comentário: