segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Bom dia, segunda!


7:35h meu despertador mental desperta. Hora de levantar. Penso em virar para o outro lado e ficar mais cinco, dez, quinze minutinhos alimentando meu sono, mas os compromissos das próximas oito horas martelam minha cabeça a favor da rapidez que gira meu relógio.

Levanto meio zonza, calço minhas havaianas brancas; ligo a luz, sintonizo na AM, me olho no espelho – estou descabelada, de olhos avermelhadamente inchados, vestida numa camisola branca que me cabe com todas as minhas segundas-feiras dentro. Estico o corpo bocejando avidamente.

Entro no banheiro e fico naquela embromação de criança para mergulhar no chuveiro. Uma mão, depois a outra, um ombro, um pé e quando me dou conta a espuma do sabote na escorre no meu corpo. Dou “bom dia” para a escova de dente entupida daquele creme branco, para o Listerine, para o desodorante, o hidratante. Visto uma roupa quente, calço uma sandália, rimel, blush, perfume e uma preguiça gigante.

Raramente tomo café. Na cozinha, os lugares desarrumados confirmam quem já foi enfrentar o sol. “Quer uma torrada? Tem suco e Danone na geladeira. Não tome esses todinhos de manhã, se quiser faço um copo de leite com Nescau faz menos mal.” Grita dona Nadja como uma metralhadora da área de serviço. “É a mesma coisa. E eu não quero nada” pronuncio as primeiras palavras do dia. “Sua mãe já saiu. Disse que se pudesse vir almoçar em casa, seu avô e seu tio vêem almoçar aqui” “Unrun...” respondo gemendo. Saiu e ela fica reclamando que minha blusa está amassada. Pego minha bolsa, coloco os óculos escuros e meu tio já buzina lá fora.

A manhã estava linda, choveu ontem e tudo amanhece mais leve. Entro no carro e Belchior canta como se recitasse um poema “Tudo outra vez” naquela voz rouca e gostosa enquanto eu penso em “viver as coisas novas que também são boas...” de repente a música muda e quando eu penso que todas as crucificações musicais que as gravadoras populares podiam fazer com as grandes canções já tinham feito o fenômeno musical Victor & Léo me espertam com a versão abrasileirada do clássico “Way back into Love”, meu tio aumenta o volume e diz contaminado ainda com a energia do final de semana “você precisa ouvir a versão em forró, massaaaaa.” Abençoadas segundas-feiras.

2 comentários:

Anônimo disse...

O dia mais difícil da semana!

Raul Tialuso disse...

Ahhh se minhas segundas fossem assim....

abs
Raul T.
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