Faz tempo que venho me prendendo ao cinema nacional e Vladimir Brichta, Wagner Moura e Letícia Sabatella me fazem feliz. Romance. O filme mais lindo que vi nos últimos tempos, que se fosse encenado por Richard Gere, Julia Roberts e Tom Cruise não seria perfeito como é. E entendam a comparação. Até porque prefiro os nossos.
As explosões são de emoção. Os barulhos são suspiros. As batalhas de desejo. As cenas no Nordeste. O sexo doce no palco de um teatro. Libertino, excitante.
Eu espero tudo de Wagner Moura. Sou apaixonada por ele. Seja como o empresário - sedutor Olavo da novela das 8h, seja como o marrento Capitão Nascimento, em tropa de Elite, seja como Hamlet no teatro. O andar, a voz, as mãos grandes, o olhar fatal. É tão inteligente que chega a ser estúpido. Dono de um corpo escultural. Charmoso. Sexy. Sedutor. Ele não precisa de nenhum retoque. Se eu fosse aquelas tietes atrevidas afirmaria “ele só precisa de mim”.
No filme, Wagner Moura representa Pedro, que representa Tristão no teatro. E fala de amor. E sofre por amor. E escreve sobre amor. E vive de amor. E assume. E resume. E declara. E chora. E briga. E implora. E exclama “quanto mais longe de ti, mas te desejo”.
As minhas paixões como sempre fulminantes. É como beber vinho junto e se apaixonar de repente.
Insana intensidade.
Estória.
A pessoa por quem a gente se apaixona sempre é uma invenção.
E ninguém morre por causa disso.
* Romance (2008) é filme brasileiro dirigido por Guel Arrais.