Hoje é seu aniversário. Desde que nos conhecemos é o seu primeiro aniversário longe de mim. Longe de nós. O primeiro separados. O primeiro sem acordar juntos. O primeiro que eu não serei a primeira pessoa a te desejar tudo que você sempre mereceu e todo sucesso do mundo e todo amor do mundo. O primeiro sem ficar relendo as mesmas poesias de todos os anos. Sem desfrutar das coisas simples juntos. Sem ficar fazendo piada boba porque você nasceu no dia da poesia e era a rima mais rica de todos os poetas e eu sempre dizia que todo poema feito em 14 de março era seu e você sempre ria porque preferia os seus. Que eu escrevia. Meus. Em guardanapos de papel, em cartões brilhantes, em espelhos de motel. O primeiro que eu levantei assim que o celular despertou e a cama nem estava rodeada de livros dos seus poetas preferidos. O primeiro que não ouvi você dizer "ah, meu amor, não precisava. Meu melhor presente é ter sua cumplicidade, sua companhia". E sempre fazer uma expressão de quem gostou mais do cartão do que do presente.
Hoje é seu aniversário. Desde que nos conhecemos é o seu primeiro aniversário longe de mim. Não haverá despedidas no fim do dia. Eu não terei que ir embora. Você não terá que ficar. Ninguém vai lembrar de como será angustiante o outro amanhecer.
Hoje. Que dia lindo a poesia nos fez.
Hoje é seu aniversário. Desde que nos conhecemos é o seu primeiro aniversário longe de mim. Não haverá despedidas no fim do dia. Eu não terei que ir embora. Você não terá que ficar. Ninguém vai lembrar de como será angustiante o outro amanhecer.
Hoje. Que dia lindo a poesia nos fez.
2 comentários:
Bravo, bravíssimo! Cronista com sensibilidade, flutua pelos escaninhos da palavra. È toda emoção, como convém à cronista e à mulher sensível. Não podemos ter vergonha de transpirar emoção por todos os poros e polos. Parabéns! Carlos Santos
tambèm sua cronica serviu para saber um pouco sobre o dia da poesia! Bello! bjs
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