Desconfio dos casais que não brigam. Desconfio de um amor que não tenta encontrar um denominador comum. Desconfio dos relacionamentos que não têm crises, de pessoas que convivem e não discordam.
Tenho uma amiga que não briga com o marido há mais de três de anos. Quando um pensa em discordar do outro se policiam e alguém cede. Na teoria é lindo. Mas, desconfio da prática de um trato desses.
Ficou de ligar e não ligou, ela não liga para não incomodar. Esqueceu o aniversário de casamento, ela não lembra porque são datas que tanto faz. Disse que ia ver o futebol e só voltou em casa na segunda-feira, ela não arruma as malas dele. Cortou 30% da verba do supermercado e ela não soltou nenhuma piadinha. Ah, tenha santa paciência! ‘Amélia – a mulher de verdade’ só existe no samba de Mário Lago e Ataulpho Alves e eu, na vida real só conheço minha pobre amiga.
Coitada! Não conhece a primavera do relacionamento. Não conhece a melhor parte da convivência: as brigas. As doces discussões que depois de um, dois dias, ou de meia hora rendem um jantar, regado à inenarráveis sobremesas. As brigas entre os casais são o domingo do amor. As reconciliações regadas a charmes, mimos, promessas e aos mais quentes ‘eu te amo’. Dependendo do grau da raiva, rola até uma viagenzinha ao exterior para apimentar a relação, com um manual de Kama Sutra na bagagem, claro.
Desconfio dos casais que não brigam. Desconfio do amor que não se aprimora. A imposição não amadurece, acumula.
Brigar não é fazer barraco. Jogar o jarro contra o espelho. Arranhar o carro. Bater a porta. Não é impor. Não é proibir. Não é dar satisfação de cada passo. Não é desligar o celular. Brigar não é tomar porres. Gritar, agredir, trair. Brigar não é fazer as coisas de próposito, para magoar. Nem atentar para as futilidades. Não é brigar “por coisas tão banais”. Brigar na relação é encontrar-se. Brigar com quem se ama é descobrir-se no outro. É amar além de si.
Respeite os limites. Mas, de vez enquando... Nos dias de rotina...
Um olhar daqui, outro de lá e as nuvens formarão tempestades de desejo.
Briga, vai! Não precisa motivos. Depois, acaba na cama.
Tenho uma amiga que não briga com o marido há mais de três de anos. Quando um pensa em discordar do outro se policiam e alguém cede. Na teoria é lindo. Mas, desconfio da prática de um trato desses.
Ficou de ligar e não ligou, ela não liga para não incomodar. Esqueceu o aniversário de casamento, ela não lembra porque são datas que tanto faz. Disse que ia ver o futebol e só voltou em casa na segunda-feira, ela não arruma as malas dele. Cortou 30% da verba do supermercado e ela não soltou nenhuma piadinha. Ah, tenha santa paciência! ‘Amélia – a mulher de verdade’ só existe no samba de Mário Lago e Ataulpho Alves e eu, na vida real só conheço minha pobre amiga.
Coitada! Não conhece a primavera do relacionamento. Não conhece a melhor parte da convivência: as brigas. As doces discussões que depois de um, dois dias, ou de meia hora rendem um jantar, regado à inenarráveis sobremesas. As brigas entre os casais são o domingo do amor. As reconciliações regadas a charmes, mimos, promessas e aos mais quentes ‘eu te amo’. Dependendo do grau da raiva, rola até uma viagenzinha ao exterior para apimentar a relação, com um manual de Kama Sutra na bagagem, claro.
Desconfio dos casais que não brigam. Desconfio do amor que não se aprimora. A imposição não amadurece, acumula.
Brigar não é fazer barraco. Jogar o jarro contra o espelho. Arranhar o carro. Bater a porta. Não é impor. Não é proibir. Não é dar satisfação de cada passo. Não é desligar o celular. Brigar não é tomar porres. Gritar, agredir, trair. Brigar não é fazer as coisas de próposito, para magoar. Nem atentar para as futilidades. Não é brigar “por coisas tão banais”. Brigar na relação é encontrar-se. Brigar com quem se ama é descobrir-se no outro. É amar além de si.
Respeite os limites. Mas, de vez enquando... Nos dias de rotina...
Um olhar daqui, outro de lá e as nuvens formarão tempestades de desejo.
Briga, vai! Não precisa motivos. Depois, acaba na cama.
2 comentários:
Brigas...Adoooooro...
Amei Laris...o texto....quem vive sem brigar, num sabe o que é ser amada, valorizada , não sente o prazer da descoberta, do encontro , o calor da reconciliação, por isso, de vez em quando eu BRIGO...pra apimentar mais ainda a relação ...
Bom dia...
um amor quieto eh quase um crime! as poesias, as músicas, as letras mais lindas são de turbulencias do amor! então, saudemos a inspiração na tempestade!
adorei seu blog!
beijo.
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