quinta-feira, 25 de março de 2010

Depois Perdi


Vai e volta, vira e mexe, sobe e desce, Nei Leandro de Castro toma de assalto a minha mente com uma rima simples, talvez a não mais bonita, mas, claramente sincera.

“Subi ameias, conquistei - depois perdi” analisando o antes e o depois, a intenção do verso é menos profunda, ou não, certamente, não tão singular como eu sugiro. Nei se refere ao amor de uma mulher, aposso-me sempre da frase como se fosse minha, e amplio sempre que me acontece algo que remete à perda, à vida inteira, à culpa, ao suor, à carapuça, ao servir, ao doar, ao entregar, ao brigar, ao conquistar, ao perder. Principalmente ao perder. A gente sempre está perdendo algo. Perde tudo. Perde até na hora de ganhar.

Eu perdi o tempo. Aliás, o tempo me perdeu. Quem manda ser atrevido? Perdeu uma das suas principais aliadas. Não me desespero mais. Não quero mais viver tudo de uma só vez. Estou paciente e equilibrada – exagero. Mas, pode passar tempo atrevido, passe que eu não estou nem aí; inclusive, venho até curando a minha revolta com você: de ter me jogado no mundo na época errada.

Promessa de ano novo: em 2010 vou viver para sorver os novos rios que virão. Lembra? Não mandei esquecer.

Sempre que perco lembro da frase de Nei Leandro.

Sempre que ganho, também.

2 comentários:

sergio disse...

Conheci seu blog através de Mário Ivo.
Uma mulher para escrever com delicadeza, verdade e sinceridade: o RN precisava.

@monicacompoesia disse...

Perca, só se for de vista
Ganhe e compartilhe,nunca divida
Acredite
Na vida só nos afastamos temporariamente daquilo ou de quem amamos
O que desaparece definitivamente não era nosso
apareceu por engano
descobriu seu erro e tomou seu rumO
Quer mudar esta história?
Corra atrás...