quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Não é de mim que você se lembra quando ouve aquela música. Não é do vivemos. O que vivemos? Vivemos nada. Você não quer viver nada comigo. Não sintonizo mais o rádio naquela FM de Música Popular Brasileira, pra não ouvir sua canção de fim de tarde. Inclusive, quero saber se até o fim da minha vida todas as esquinas que não fomos me trarão a vontade de você. Outro dia estava com tanta vontade de te ver que antes de dormir me ajoelhei aos pés da cruz e pedi para sonhar com você. Ontem eu chorei. Chorei tanto. Um choro de alma. Um choro que vinha de dentro. Sentia um vento muito forte batendo nos sorrisos. Não era como o ar. Vezenquando a vida me dá pena. É. Tenho pena de ver as pessoas tentando ser felizes com quem não sabe nada sobre felicidade. Vezenquando eu me tenho pena. É. Tenho pena de mim porque quero fazer feliz quem não sabe nada sobre felicidade. Depois tudo passa e eu me revolto por ter chorado pelo o que não vale. Mas sempre o que me vale é o não conseguir conviver com quem me obriga a ser boazinha. Li no blog de um amigo que Saer certamente fumava. Lembrei imediatamente de mim quando quero ser má e resolvo fumar nos bares com aquele ar charmoso das mulheres francesas, um ar autoritário, despreocupado com a vida, um ar fingido de quem sofre versos em guardanapos de papel e sabe que viveu um fim de semana mau porque o nariz amanheceu sangrando na segunda-feira.

E ainda sangra. Tudo sangra. Tudo arde e queima aqui.
Sinta vontade de ficar,
estou sangrando.
(...)

2 comentários:

Neisa disse...

Sinceramente, Larissa... casa comigo? Puuuuuuuuuuxa...

Laris. disse...

Eu poderei ter vários Moços como amantes?