Eu sempre acreditei nas pessoas. E na verdade, sempre achei que ganharia mais acreditando. E sempre quis que todo mundo acreditasse. E quando possível, sempre fiz que todo mundo acreditasse.
Talvez por ser sincera demais. Talvez por ser inteira demais. Talvez por ser verdadeira demais. Mas especialmente por saber que a reciprocidade ou a falta dela, que partisse de mim, seria verdade. Prefiro agir assim pra não faltar com a minha responsabilidade no que eu faço o outro sentir, ou no que eu digo para provocar felicidade no outro. Por não mentir pra mim, por me proteger de me enganar. Para não fazer feliz e ver triste depois.
E, assim, mais do que me dizem, eu sempre acreditei muito no que eu sinto. Sempre acreditei na minha intuição e nunca deixei de acreditar. Coelhinho da páscoa, Papai Noel, fim do mundo, sapo que vira príncipe, abóbora que vira carruagem, sempre acreditei. E, nas pessoas, também.
Sou daquela gente que você se sente a vontade de contar logo toda a sua vida de cara, mas também sou daquelas pessoas francas que preferem a dor da verdade, se é que a verdade dói. E se de alguma forma a verdade pode causar uma dorzinha na alma nunca será maior do que a cicatriz que uma mentira ou decepção podem causar.
Pois bem. Eu sempre acreditei nas pessoas. E mais, sempre acreditei nas verdades que elas me dizem. Eu sempre entendi a verdade.
Eu sempre acreditei nas pessoas, mas estou desconfiada. Estou com medo. E nisso, eu vou errando e me decepcionando, porque sempre prefiro acreditar que o outro é bom. Sempre prefiro me abrir, me doar, me entregar e fazer a minha parte de dar sempre a minha verdade. Reflexo de tudo que a gente vê, que a gente ouve e que a gente sabe que os outros são capazes.
Depois, fico querendo repostas... e aí nasce todo aquele processo de dúvidas porque as atitudes muitas vezes não condizem com as palavras. As do outro. E as minhas também, por que não?! Mas eu concerto com a verdade. E evito ao máximo ser egoísta magoando alguém.
Eu sempre acreditei nas pessoas. Sei que isso tem mudado. A amargura e o tempo deixam a alma vazia. Mas a crença é um detalhe pequeno diante de tudo que a gente sente por alguém e tudo que somos capazes de nos submeter e fazer quando acreditamos.
Eu sempre acreditei nas pessoas, no que elas dizem e nas melhores intenções e interesses que elas têm. Penso continuar acreditando para não julgar a forma como elas agem.
Vezenquando me sinto idiota (por acreditar). Não sei se feliz ou infeliz. Acreditar me basta. Em quem? Em quê? Nunca sei também. O meu estado de graça se faz em nunca perder a fé.
3 comentários:
Se vc faz algum dos seus textos baseados nos outros, esse falou tudo de vc viu? ADOREI, sua linda!
Suas palavras falam o que outras palavas nunca souberam dizer...
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