Vai e volta, vira e mexe, sobe e desce, Nei Leandro de Castro toma de assalto a minha mente com uma rima simples, talvez a não mais bonita, mas, claramente sincera.
“Subi ameias, conquistei - depois perdi” analisando o antes e o depois, a intenção do verso é menos profunda, ou não, certamente, não tão singular como eu sugiro. Nei se refere ao amor de uma mulher, aposso-me sempre da frase como se fosse minha, e amplio sempre que me acontece algo que remete à perda, à vida inteira, à culpa, ao suor, à carapuça, ao servir, ao doar, ao entregar, ao brigar, ao conquistar, ao perder. Principalmente ao perder. A gente sempre está perdendo algo. Perde tudo. Perde até na hora de ganhar.
Eu perdi o tempo. Aliás, o tempo me perdeu. Quem manda ser atrevido? Perdeu uma das suas principais aliadas. Não me desespero mais. Não quero mais viver tudo de uma só vez. Estou paciente e equilibrada – exagero. Mas, pode passar tempo atrevido, passe que eu não estou nem aí; inclusive, venho até curando a minha revolta com você: de ter me jogado no mundo na época errada.
Promessa de ano novo: em 2010 vou viver para sorver os novos rios que virão. Lembra? Não mandei esquecer.
Sempre que perco lembro da frase de Nei Leandro.
Sempre que ganho, também.